Eleições

13/09/2012 11:48

 

Devemos reconhecer que a atividade política atravessa um período de descrédito, devido ao falho desempenho de alguns integrantes desse quadro responsável pelo País, Estados e Municípios. Esses maus exemplos causam grave prejuízo aos que, com zelo e dedicação, exercem espinhosos encargos, necessários à sobrevivência da democracia.

 

O Concílio Vaticano II, na Constituição Pastoral “Gaudium et Spes” (nº 75), assim se expressa: “Os que são idôneos (...) para exercer a difícil e ao mesmo tempo nobilíssima arte política, preparem-se para ela e procurem exercê-la, esquecidos do proveito próprio e de vantagens materiais” (…). 

 

Em conseqüência, devemos separar o joio do trigo. Há excelentes cidadãos que dignificam a missão recebida de seus eleitores. Em outros, ao contrário, a culpa é dividida entre os que manipulam, em proveito pessoal, o encargo que lhes foi confiado e os indivíduos que neles votaram. Quem escolhe mal, arca com os efeitos negativos do seu ato. Alguém, decepcionado pelo quadro que se lhe depara, - consequência dos desvios administrativos e deficiências morais na atuação de alguns homens públicos – corre o risco de desanimar. Ora, isso é um erro. O certo é mudar, procurando, com afinco, eleger bons candidatos.

(Dom Eugenio Sales, 19/09/2008).